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Indústria Farmacêutica e os seus Desafios - Parte 1

Indústria Farmacêutica e os seus Desafios






















O cenário pouco convencional no qual a Indústria Farmacêutica encontra-se está repleto de desafios inexistentes ao demais modelos de negócio. As suas intrínsecas características inatas tornam-o menos eficiente, de tempos em tempos. 

Alguns dos percalços com os quais esse modelo de negócio precisa lidar, encontram-se a (1) perda e manutenção de patentes, (2) a incipiente volatilidade financeira, (3) o necessário constante investimento no desenvolvimento de novas moléculas, (4)  a extenuante busca por uma posição relevante dentro dos seus mercados de atuação, (5) a contínua atualização dos seus profissionais, (6) o constante trabalho de atração e retenção de clientes, e claro, (7) a cada vez mais necessária aproximação com os consumidores finais, que exigem cada vez maior transparência, por de estarem cada vez mais, fortemente munidos de informações e organizados em Redes Sociais de Saúde. Tais características únicas, força o mercado a se contorcer na busca da máxima eficiência dos seus processos internos, já tão otimizados. Sim, mas os aspectos citados anteriormente, estão longe de serem uma consideração cabal de todos os desafios dessa indústria, ainda podemos citar: o aumento do número de medicamentos genéricos no mercado, as rigorosas normas de segurança e eficiência dos medicamentos definidas pelas agências reguladoras.

Os laboratórios farmacêuticos invariavelmente estão inseridos em mercado complexos e dinâmicos. Nestes lutam para manter margens de lucro aceitáveis, mesmo quando todos os aspectos citados anteriormente, forçam a redução destas margens.

1º DESAFIO - Aproximação com o consumidor final

Qual será o caminho? Outros modelos de negócio já descobriram a tempos que precisam manter-se focados no cliente. Este é quem reflete a tendência e será o driver do mercado. Haverá a necessidade de concentrar-se menos na marca e ainda mais no portfólio em conjunto com os clientes. Neste caso o desafio está em como interagir com as necessidades significativas para os clientes.

Imagine, todo o modelo de gestão estava, e ainda será a prática em muitos laboratórios da indústria que se demorarem para adequar, totalmente centrado no Produto de sucesso. Mas agora, se desejar sobreviver como negócio, precisará melhorar a abordagem, investindo a atenção no Cliente. Através dessa nova abordagem, chegarão ao consumidor, criando valor, não em cada drágea, mas desenvolvendo oportunidades antes desconsideradas.

2º DESAFIO - Estruturar-se para a geração de valor

De que modo os laboratórios farmacêuticos podem se estruturar para gerar valor adicional para os clientes e os consumidores finais?

Como a maioria destes comercializam diferentes tipos de produtos, estes estão agrupados na linha de produtos com prescrição, como por exemplo antiinflamatórios, e a outra linha para saúde, como enxaguante bucal, protetor solar, etc. Desse modo, um modelo orientado para o produto consolida-se em unidades de negócios independentes, e cada unidade conduz sua própria força de vendas separadamente:


Mas como seria um cenário totalmente orientado para o cliente?

Em nosso próximo artigo abrangeremos tal modelo.


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Richie Etwaru - 10 mudanças inevitáveis ​​na Pharma 2015

Richie Etwaru - 10 mudanças inevitáveis ​​na Pharma 2015


Richie Etwaru (@RichieEtwaru)

Se realmente desejar fazer uma verdadeira mudança de paradigma, no sentido mais estrito do vernáculo, necessitará observar este processo.

O que segue é uma lista montada, e traduzida por mim com certa interpretação, elaborada pelo Sr. Richie Etwaru - Group Vice President

Esta lista mostram palavras, as quais, segundo a visão de Etwaru, precisarão ser substituídas pelos líderes na indústria farmacêutica, refletindo o que 2015 trará.

À medida que o ritmo da transformação horizontal dos produtos farmacêuticos for aumentando, e os modelos de funcionamento das organizações mudarem radicalmente, novos vernáculos serão introduzidos substituindo palavras mais antiquadas.

1. Comunicação -> Colaboração

A comunicação é feita de um-para-um, ou de um-para-muitos e muitas vezes sem a facilidade ou a expectativa de um retorno imediato. 

A colaboração é de muitos-para-muitos e com uma expectativa de retorno imediato. Esta é, em minha humilde opinião, provavelmente, a mudança mais importante que precisa acontecer em na indústria Farmacêutica, esta ainda é muito tribal, vertical, e resistente à partilha.

2. Conteúdo -> Contexto

Conteúdo é a mensagem e pode ser inserido como texto, voz, imagens ou vídeo. O contexto é uma forma caprichada de como o conteúdo funciona para mim. Contexto não é a personalização impulsionada por minhas ações; é uma personificação dos meus desejos ocultos em meus pensamentos. A indústria Farmacêutica é boa em biologia, química e muitas vezes em física. Precisamos ficar melhores em matemática, mas neste contexto, o capricho é a psicologia. Nós não somos bons em psicologia.

3. Cuidado -> Cura

Como a inovação externa continua a despejar no mercado Farmacêutico, o velho axioma de que "não há dinheiro na prevenção", este, continua a parecer cada vez menos válido. Como resultado, muitas pessoas começam a preparar-se para receber cuidados apropriados no futuro (Care+), outros passam a tomar pílulas demais (Pill+) e ainda outros buscam por modelos de negócio que entreguem a cura junto com a prevenção e a identificação precoce.

4. Compliance -> Cultura

Compliance é um conjunto de processos, e a cultura é um conjunto de hábitos. Faz tempo que uma empresa da indústria Farmacêutica podia sobreviver simplesmente com um conjunto de processos (compliance). Hoje precisa que estes tornem-se hábitos (cultura). São os hábitos mais baratos e eficazes do que os processos? Essa discussão certamente é necessária.

5. Chain (Cadeia) -> Constellation

indústria Farmacêutica ainda mostra-se embrenhada numa das cadeias mais ineficientes de fornecimento, encerrada rigidamente com contratos a longo prazo com os fornecedores preferenciais e individuais. A cadeia é fixa e ineficiente. Quer ver um exemplo de indústria que passou de uma cadeia de abastecimento para uma constelação de suprimentos? Olhe para a indústria automobilística. Uma transformação pode impermeabilizar a cadeia de abastecimento, através da criação de um conjunto de fornecedores contestáveis ​​para selecionar a partir de uma fonte de "constelação".

6. Personalização -> Configuração

Muitos executivos continuam selecionando tecnologias que precisam ser personalizadas por SI ("sistemas instaladores"). Este modelo já foi ultrapassado em outras indústrias há tempos. É hora de cair na real sobre tal configuração sem a necessidade de alterar, compilar e testar o código em nossos departamentos de tecnologia. Os negócios intrínsecos precisam ser capazes de configurar por si mesmos, em vez de dependerem de que TI os personalize ou pior, depender de caros fornecedores externos de SI.

7. Cliente -> Consumidor

O profissional de saúde. É um cliente da indústria Farmacêutica, mas o paciente é o consumidor. À medida que a democratização do diagnóstico continuar, aindústria Farmacêutica será forçada a pensar sobre "o consumidor" (paciente) mais do que "o cliente" (médico). 

Os contribuintes (empresas de seguros de saúde) têm se envolvido no processo de educação dos consumidores. Essa mudança está começando, mas vai ascender ao passo que os consumidores / pacientes se tornarão cada vez mais educados.

Um consumidor / paciente educado será algo novo para a indústria Farmacêutica e um consumidor / paciente educado pelos contribuintes será algo novo e surpreendente!

8. Visitação -> Consultor

O modelo de um Representante de Vendas tornando-se mais inteligente, ao invés de um Representante de Vendas invisível continuará. Educadores clínicos de saúde continuarão a crescer exponencialmente virando a "visita" para uma "consultoria". Pense nisso, um "plano de consultoria", ou um "consultor de notas".

Já começamos a nos afastar do modelo sob o qual o Representante de Vendas visita os Médicos para dizer-lhes o que sabem, antes precisaremos desenvolver a competência do conhecimento, onde o Médico agora chega até nós para uma consulta clínica.

9. Nuvem -> Multidão

(Propositalmente deixado em inglês)
Unless you are thinking about consuming Everything as a Service (which you should) and you have made the cognitive leap to realize that cloud the noun is dead and clouding the verb is alive; take it easy on the cloud and start thinking about the crowd. Power of crowd, crowd-sourcing wisdom/insight, human (doctors et. al.) as a Service, and Expertise on Demand will become a reality. Simple, as a silly example think Uber for samples delivery? Get it?

10. Caridade -> Causa

indústria Farmacêutica tem doado mais para a caridade, do que muitas outras indústrias. No entanto, não tem a capacidade de reunir-se em torno de causas específicas.

Há uma linha de intersecção entre as causas que preocupam, e os nossos produtos. Precisamos criar uma ponte sobre esta lacuna do "último bilhão" com telefones celulares, Internet, água, comida, e saúde. 

Sim, o Vale do Silício funciona com os telefones e a Internet. Gates, Clinton e outros trabalham em água e alimentos. A indústria Farmacêutica precisa pensar em algo sobre a entrega de saúde para este último bilhão.


Livremente traduzido do artigo '10 Inevitable Changes in Pharma 2015'.


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